sábado, 7 de maio de 2011

Informe:

Venho por meio deste informar que o blog voltou ao seu endereço anterior. Todas as postagens e comentários foram importados e agradeceria se o visitasse e seguisse assim como faziam com este!

Obrigada e desculpe o inconveniente!

Link:

http://malkalima.blogspot.com/

Em tons de cinza...


Hoje abri os olhos e de tons de cinza tudo pareceu possuído. Nada mais tinha brilho ou cor ou parecia me demonstrar um motivo para continuar e erguer meu corpo da cama, sem muita opção de escolha e com muito sacrifício afastei meu corpo das cobertas que tão bem me acolhiam. De passagem vejo meu reflexo no espelho, mesmo embaçado consigo ver os olhos inxados e a expressão que a muito não me olhava de volta com tamanho desagrado. A lembrança do que foi apenas mais um sonho. O nó me sobe na minha garganta e com muito sacrifício consigo suprimir o choro mais uma vez. Até quando? Mal senti a água tocar meu corpo, a comida me pareceu desnecessária e tudo seguia numa rotina tabelada, as mesmas coisas, nas mesmas horas, com a mesma precisão já automatizada.

Lá fora até o tempo parece condizer com meu interior, o sol parece ter sentido vergonha de sair, ou achado também desnecessário. Sorte dele ter as nuvens para mante-lo seguro. Andar por lugares que me trazem lembranças que antes eram motivos de sorriso, agora assemelham-se a farpas. Mais uma vez o nó que me interrompe a fala, auto controle era a base do sucesso para essa sociedade. "Sorrisos plásticos cumprindo seu papel, enfeitando rosto de pedra"... Sempre gostei desse pequeno trecho e não existe frase melhor para definir os momentos pelos quais passo. E assim os dias seguem... Nada faz sentido, nada tem mais lógica, momentos sem razão e apenas no silêncio da noite o nó em minha garganta pode finalmente ser libertado.



Âncora - Libra

Dentro do meu mar é onde ela está
Presa nos meus pés, ela não quer me ver partir
Dentro do meu mar, onde ela está
Tão profundo, tão escuro que eu não quero ir

E eu já sinto meu corpo afundar
E eu me esforço para não me afogar
Cada vez mais no fundo do mar
Com ela...

E se eu disser que eu não te quero
Que aqui não é o meu lugar
Será que assim você me solta
Ou eu vou ter que me soltar à força?

E eu já sinto meu corpo afundar
E eu me esforço para não me afogar
Cada vez mais no fundo do mar
Com ela...

E eu já sinto meu corpo afundar
E eu me esforço para não me afogar
Cada vez mais no fundo do mar
Com ela...

~~~ x ~~~

Estou apoiando a 1º Campanha do Condomínio de Blogs Chateau D'if! -Bullying? Eu digo NÃO!- Visite, apoie e divulgue!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Filme da Vida

Só porque alguém especial me disse...


"Se encaro a vida como um filme percebo que, como protagonista, só é importante o que e quem eu considero relevante. A massa restante é apenas um vulto colorido; figurantes. Então... Preocupar-se com a opinião de terceiros passa a se tornar tão desnecessário. Pois o segredo que poucos sabem é que o mundo não é tudo... O mundo é só um cenário". [J] Garotto (Todos os direitos reservados a ele! Clique no nome e conheça seu blog.)

E isso me deixou pensando bastante nos últimos acontecimentos. No filme da minha vida quem sou eu? Qual o meu papel? Algumas raras vezes me senti a heroína, que chega no momento exato e tira alguém de uma enrascada. Na maioria dos filmes sou apenas o personagem que faz graça, faz todos rirem nos momentos mais inoportunos. Mas eu nunca sou a protagonista. Sou sempre a coadjuvante, apareço quando os protagonistas das suas próprias vidas precisam. Participo de vários filmes, alguns curtas... Alguns longas mas no fim acabo sempre ali, sentada na última fileira assistindo um final feliz que não me pertence, comendo uma pipoca murcha, o refrigerante sem gás, o chiclete já sem sabor e admirando o "The End" na tela com os olhos marejados, imaginando o dia em que eu serei a protagonista, em que terei o controle do filme da minha vida e que terei meu final feliz. Quem sabe um dia...


Amor Platônico - Legião urbana

Eu sou apenas alguém
Ou até mesmo ninguém
Talvez alguém invisível
Que a admira a distância
Sem a menor esperança
De um dia tornar-me visível

E você?
Você é o motivo
Do meu amanhecer
E a minha angústia
Ao anoitecer

Você é o brinquedo caro
E eu a criança pobre
O menino solitário que quer ter o que não pode
Dono de um amor sublime
Mas culpado por querê-la
Como quem a olha na vitrine
Mas jamais poderá tê-la

Eu sei de todas as suas tristezas
E alegrias
Mas você nada sabes
Nem da minha fraqueza
Nem da minha covardia
Nem sequer que eu existo
E como um filme banal
Entre o figurante e a atriz principal
Meu papel era irrelevante
Para contracenar
No final
No final
No final

segunda-feira, 21 de março de 2011

SOS Japão


Com grande tristeza a maioria de nós presenciou e acompanha até agora as notícias da tragédia no Japão. Pensando nisso foi criado o site International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies. http://www.ifrc.org/japan. Nele além das notícias quase que em tempo real, mais informações, vídeos e fotos você também pode fazer doações. O site é em inglês, mas tem opção em Francês, Espanhol e acho que Árabe xD. Para você aqui no Brasil que quer saber como ajudar entre em contato com a Cruz Vermelha Brasileira:

Cruz Vermelha Brasileira
Praça Cruz Vermelha No. 10
Tel: (55) (21) 2507 3392/2507 3577
E-Mail: gabinete@cvb.org.br

E lembrem-se, um pouco para quem perdeu tudo, é muita coisa!

domingo, 13 de março de 2011

Condomínio Chateau D'if


Boa noite gente. O post hoje é simples... Queria convidar meus amigos bloggeiros e visitantes a participarem do Condomínio de Blog's Chateau D'if! Um espaço para fazer novos amigos bloggeiros, trocar experiências e com diversão! Terá promoções e prêmios! =D

Qualquer blog é bem vindo de qualquer hospedagem, desde que seja pessoal! (Blogspot, uol, ig, tumblr e afins.). Espero que participem! Em breve as primeiras promoções! Convide os amigos e divulguem! Bloggeiro é algo tão raro hoje em dia que vale a pena nos unirmos!

sábado, 12 de março de 2011

A História da Rosa


Nasci de uma pequena e insignificante semente. Por acidente do vento vim parar nessa terra que me acolheu, me aqueceu durante a noite e deixava o calor do sol banhar minha casca e me aquecer durante o dia. Não demorou muito até que pude sentir o sabor da terra e menos ainda para sentir seus grãos a tentar me acariciar de forma tão áspera. A chuva veio e se foi assim como os brancos flocos de neve. Tive que me esforçar muito para conseguir sobreviver a tamanho frio e a solidão já que os mais fracos sucumbiram e me abandonaram. Me escondi com falsa timidez atrás das minhas folhas ao ouvir as vozes e suspiros das pessoas que viam meu corpo desabrochando. Um tanto quanto caprichosa adiei ao máximo a minha estreia, preparei cada pétala com tamanho carinho e perfeccionismo. Por fim estava pronta. Já cansada comecei meu esforço durante o por-do-sol, não sou modesta e admito que foi um espetáculo a parte. Para minha alegria as pessoas estavam ali para me ver lentamente surgir para o mundo. Demorou dias até terminar. Em uma contagem quase que perfeita estava completamente exposta ao mesmo tempo em que os tons no céu pareciam estar em dúvida entre o laranja e o vermelho. A cada elogio, tornava-me mais rubra e orgulhosa, empertigava-me e tentava provar que eu era a mais bela. Sentia-me triste ao ficar sozinha, por vezes desejava ter pernas e poder oferecer toda a minha beleza ao mundo inteiro! Poupá-los de meu charme e elegância parecia ser um pecado.

Um dia, sem mais nem menos, senti a dor de ser arrancada e levada de minha terra por um belo rapaz. Nem meus espinhos conseguiram evitar o ato e logo fui livrada deles. Não entendi o por que disso. Ele parecia feliz e me levava com extremo cuidado como se eu fosse uma preciosidade, então parei de me importar pela violência com que me tratou anteriormente. Andamos por um tempo e a intervalos irregulares sentia minhas pétalas serem docemente acariciadas por suaves toque de seus lábios. Podia sentir seu hálito e seus lábios contorcerem-se em um sorriso. Quanto a mim, mais feliz impossível. Estava vendo outras partes do mundo, novos rostos que me olhavam com surpresa, outros que não me notavam, mas o rapaz me notara e estava feliz comigo. Aqueles breves minutos para mim foram os melhores do mundo. Chegamos a um pequeno jardim, onde as flores que estavam ali jamais poderiam ser comparadas a minha beleza. Os dedos dele tocavam rapidamente minhas pétalas como forma de alinhá-las, me senti ofendida, não já era eu bela o suficiente? As batidas secas em madeira, uma doce voz feminina e o ranger de algo que desconhecia. Um ultimo beijo em minhas pétalas e fui passada para outras mãos. Todas as ofensas se foram no momento do beijo e agora recebia outros que me marcavam com um tom vermelho bem parecido com o das minhas pétalas.

Meu antigo carregador abaixou-se e estendeu para a moça um pequeno objeto e dentro dele algo reluzia, mas não brilhavam mais do que os olhos da linda moça. O objeto reluzente adornou um dos dedos de sua mão e eu nunca esquecerei daquela cena, abraçaram-se e o toque dos lábios passou de carinhoso para urgente. O som seco que a madeira fazia ao bater em sua semelhante e lá estava eu, jogada em cima de uma mesa assistindo enquanto os corpos tocavam-se com volúpia, as mãos que percorriam cada centímetro dos corpos e suas expressões que revelavam que nada mais ali importava. Entre lençóis em desalinho promessas foram ditas e caricias suaves trocadas enquanto a noite caía. Meu corpo foi adornado por uma saborosa água e seguro por um belo cristal. Por dias estive ali e recebi vários sorrisos e beijos da moça. Mas sentia-me cada vez mais fraca, a água já não alcançava minhas pétalas que perdiam sua bela cor escurecendo lentamente. Senti que meu fim estava próximo. Já não conseguia mais ficar ereta. A vergadura que acabava por me fazer ceder aos caprichos do mundo, faziam-me curvar a seus desejos e esquecer dos meus. Não me interessava mais minha arrogância e tão pouco minha beleza que se fora.

Assisti e senti a dor de cada pétala que caía. Toda a minha elegância se fora, minha beleza tornou-se inexistente e minha nova dona já não me dava mais atenção. Sentia falta de seus lábios, mas estes não mais me acariciavam, nem mesmo tinha o direito de sentir o suave toque de seus dedos. A alegria em mim explodiu quando fui retirada do cristal, anteriormente fui levada até a moça e agora para onde estava indo?! A viagem durou pouco e minhas pétalas foram arrancadas de forma dolorosa durante o caminho. Fiquei envergonhada pela minha nova forma. Me encontrava agora totalmente nua. Não entendia o que estava acontecendo, para onde estava sendo levada e o porque disso. Fui jogada entre várias outras coisas e finalmente entendi. Já havia servido a meu propósito. Não servia para mais nada e minhas pétalas foram deixadas para trás como a lembrança de um momento. O ar me foi tirado, a escuridão foi minha única companhia. Minha força esvaía-se e por fim nem mesmo os olhos conseguia manter abertos. Dei um último suspiro enquanto pensava em toda a minha vida. Fui admirada e por duas vezes fui amada. Minha vida acabou, mas fui amada e isso me basta.

By Malka Lima - 12/03/2011

quinta-feira, 10 de março de 2011

Poesia



A vida deveria ser mais simples.
O amor não deveria machucar,
Os amigos não deveriam sumir,
As lágrimas deveriam ser de apenas de alegria,
Os maus momentos não deveriam exisitir.

E então tudo seria mais complicado.
Sem se machucar não existiria a superação,
Sem os amigos sumir não existiria o prazer do reencontro,
Sem o choro de tristeza não existiria o consolo,
Sem os maus momentos os bons não seriam valorizados.

A vida é caótica e problemática pelo simples fato de que se tudo fosse perfeito, todo o sentido seria perdido. O significado real de perfeição existe dentro da mente de cada um e em cada pequeno momento vivído, no aproveitar dos bons momentos enquanto duram e tornar estes imortais nos sorrisos dados e recebidos. É único e intransferível.

By Malka Lima.